Amanhã, a Selecção Portuguesa defronta a Selecção Albanesa em Tirana, a capital da
Albânia. Todos concordam: as únicas opções são ganhar, ganhar ou então ganhar. De outra forma, podemos dizer ao nossos amigos sul-africanos para não aguardarem a nossa chegada daqui a um ano.
É a segunda vez que defrontamos a Albânia nesta fase de qualificação. Já tinhamos jogado contra os albaneses em Braga, no dia 15 de Outubro e as recordações que ficaram não são das mais agradáveis... A bola a não querer entrar mesmo estando os albaneses amputados de um jogador, adeptos assobiando da bancada e o Ronaldo a reclamar com eles, Gilberto Madaíl abandonando a tribuna a seis minutos do final do jogo (alegou necessidades fisiológicas mas há quem não acredite...), jogadores e seleccionador baldando-se às flash-interviews alegando terem-se perdido nos elevadores (nesta acredito menos... como diziam no Record no dia seguinte ao jogo, para além de uma calculadora, aquele pessoal precisava também de um GPS)... Em suma, (mais) um jogo para esquecer.
Mas desta vez, dizem os marmanjos, será diferente. Carlos Queirós, o Professor, está confiante. Diz que na Selecção reina uma "confiança ilimitada". Haja alguém que a tenha porque a minha confiança já viu melhores dias... "Na hora de começar o hino na Albânia, olhem bem os olhos dos nossos jogadores, porque vão ver e vão sentir uma confiança ilimitada e uma vontade extrema de não desiludir os adeptos portugueses", diz o Professor. Ele diz também que não queria estar na pele dos albaneses. Está mesmo confiante o Professor, sim senhor. O pior é que se amanhã nas coisas correrem mal (bato três vezes na madeira), toda a gente vai gozar com ele por causa disto...
Por outro lado, ele é o Seleccionador, ele trabalha há vários anos no mundo do futebol, percebe muito mais disto do que eu e do que muita gente que para aí anda e opina, talvez esta sua confiança, que me parece exagerada, tenha bases sólidas. Espero bem que assim seja, pois já esgotámos todas as oportunidades que tínhamos... E numa coisa eu concordo com o Professor. Também eu não consigo simplesmente colocar a hipótese de ficarmos fora do Mundial, com os jogadores que temos. Simplesmente não faz sentido. Eu não quero ficar a assistir ao Mundial sem que a Selecção esteja lá!
Entretanto, enquanto escrevo estas linhas, a Selecção Nacional está já em Tirana, a preparar o jogo de amanhã. E parece que já se queixaram do relvado do estádio. Espero bem que não estejam já a inventar desculpas...
Enfim, eu vou fazer a minha parte. Vou ver o jogo (amanhã, na SIC, às 19h45 - mas liguem a televisão uns cinco ou dez minutos mais cedo para ver o hino e ver a tal "confiança inabalável e vontade de não desiludir" nos olhos dos marmanjos), usar o meu boné e as minhas meias para dar sorte, acreditar que é possível ultrapassarmos esta fase má e reservarmos bilhetes para a África do Sul. Espero que a Selecção faça a sua parte, que cumpra as promessas que tem feito ao longo desta semana e me dê razões para continuar a apoiá-los como tenho feito toda a minha vida.
Em suma, amanhã é matar ou morrer, pessoal!
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