Na passada terça-feira, dia 15 de outubro, a Seleção Portuguesa de Futebol recebeu no Estádio de Coimbra a sua congénere luxemburguesa no último jogo de Apuramento para o Campeonato do Mundo da modalidade, que se realizará no próximo ano, no Brasil. Tal encontro terminou com uma vitória portuguesa por 3-0. Ao mesmo tempo, a Rússia empatou com o Azerbaijão. Contas feitas, os russos vencem o grupo F e Qualificam-se diretamente para o Mundial. Quanto a nós, ficamos em segundo lugar, obrigados a ir aos playoffs lutar por uma vaga no Brasil. Conheceremos o nosso adversário na próxima segunda-feira.
Tal como se previa, o último jogo desta fase de Qualificação foi tranquilo, equivalente a um particular para levantar a moral. A Seleção não precisou de jogar melhor do que jogou contra Israel, mas parecia jogar melhor visto que os luxemburgueses pouco conseguiam fazer para nos travar. Tivemos várias iniciativas de Varela e Hélder Postiga mas também um número exasperante de bolas perdidas. Apesar da clara inferioridade do adversário, foi necessário este ver-se reduzido a dez para nós marcarmos. Corria a meia hora de jogo. João Moutinho consegue passar a bola a Varela que, isolado, marca com facilidade. Estava aberto o marcador.
Não tivemos de esperar muito pelo segundo golo, resultante de uma jogada iniciada, uma vez mais, por João Moutinho. Não me canso de ver esta jogada, não me lembro da útima vez que vi a Turma das Quinas sincronizada com tanta perfeição. Destaque óbvio para o passe de génio de Moutinho para trás, com o calcanhar, e para o pontente remate de Nani. O momento do jogo, claramente.
Foi bom ver Nani de regresso aos golos quase um ano e meio depois do último. Ele que, no Apuramento para o Euro 2012, foi um dos melhores marcadores mas que, depois disso, até ao momento, só tinha marcado uma vez, naquele malfadado particular contra a Turquia, antes do Euro 2012. Era um dos que queria que marcasse, no jogo de terça-feira. Espero, também, que o jogador do Manchester United não fique por aqui, que volte em breve a ser um dos melhores marcadores da Seleção.
Destaque também para o cumprimento que Nani foi dar a Paulo Bento nos festejos do golo, em jeito de manifestação de apoio e agradecimento pela confiança que o técnico continua a depositar nele. Gestos deste género são sempre de louvar.
Se a primeira parte do jogo ainda foi razoável, a segunda chegou a ser uma seca em vários momentos. Estávamos a jogar contra dez amadores mas não havia maneira de enfiarmos a bola na baliza. Nesse aspeto, um dos jogadores mais exasperantes era Hugo Almeida. Eu não gosto de criticar um jogador da Seleção assim tão abertamente mas, meu Deus, o tipo não dava uma para a caixa! Toda a gente anda, agora, a falar dele como se ele fosse uma nulidade e eu sei que não é bem assim, que ele já audou várias vezes a Seleção com os seus golos, mas o seu desempenho nestes últimos dois jogos, sobretudo no de Coimbra, deixa imenso a desejar. Imenso.
Felizmente, Postiga estava lá para ensinar como se acerta na baliza - embora também pudesse tê-lo feito mais cedo. O ponta-de-lança era outro dos que queria que marcasse, que sabia que marcaria - não é por acaso que ele já é o sexto melhor marcador de sempre com a Camisola das Quinas.
Destaco, ainda, que Moutinho também assistiu este golo, que assistiu todos os golos que marcámos ao Luxemburgo nesta fase de Apuramento. Também sem surpresas aqui. O Moutinho, pura e simplesmente, não sabe jogar mal.
Foi isto o jogo. uma vitória fácil mas que esteve longe de empolgar. Podia ter sido mais expressiva, com as oportunidades que tivemos - incluindo três bolas nos eternos ferros da baliza - e a nossa óbvia superioridade. Dá a ideia, às vezes, que eles não estão para se chatear, ou então que têm medo - sendo ambas as hipóteses indignas de nós. Em todo o caso, gostei das palavras realistas de Paulo Bento, admitindo que a Seleção não foi suficientemente competente para se Qualificar em primeiro, apesar de ter capacidade para isso.
Foi bom ver Nani de regresso aos golos quase um ano e meio depois do último. Ele que, no Apuramento para o Euro 2012, foi um dos melhores marcadores mas que, depois disso, até ao momento, só tinha marcado uma vez, naquele malfadado particular contra a Turquia, antes do Euro 2012. Era um dos que queria que marcasse, no jogo de terça-feira. Espero, também, que o jogador do Manchester United não fique por aqui, que volte em breve a ser um dos melhores marcadores da Seleção.
Destaque também para o cumprimento que Nani foi dar a Paulo Bento nos festejos do golo, em jeito de manifestação de apoio e agradecimento pela confiança que o técnico continua a depositar nele. Gestos deste género são sempre de louvar.
Se a primeira parte do jogo ainda foi razoável, a segunda chegou a ser uma seca em vários momentos. Estávamos a jogar contra dez amadores mas não havia maneira de enfiarmos a bola na baliza. Nesse aspeto, um dos jogadores mais exasperantes era Hugo Almeida. Eu não gosto de criticar um jogador da Seleção assim tão abertamente mas, meu Deus, o tipo não dava uma para a caixa! Toda a gente anda, agora, a falar dele como se ele fosse uma nulidade e eu sei que não é bem assim, que ele já audou várias vezes a Seleção com os seus golos, mas o seu desempenho nestes últimos dois jogos, sobretudo no de Coimbra, deixa imenso a desejar. Imenso.
Felizmente, Postiga estava lá para ensinar como se acerta na baliza - embora também pudesse tê-lo feito mais cedo. O ponta-de-lança era outro dos que queria que marcasse, que sabia que marcaria - não é por acaso que ele já é o sexto melhor marcador de sempre com a Camisola das Quinas.
Destaco, ainda, que Moutinho também assistiu este golo, que assistiu todos os golos que marcámos ao Luxemburgo nesta fase de Apuramento. Também sem surpresas aqui. O Moutinho, pura e simplesmente, não sabe jogar mal.
Foi isto o jogo. uma vitória fácil mas que esteve longe de empolgar. Podia ter sido mais expressiva, com as oportunidades que tivemos - incluindo três bolas nos eternos ferros da baliza - e a nossa óbvia superioridade. Dá a ideia, às vezes, que eles não estão para se chatear, ou então que têm medo - sendo ambas as hipóteses indignas de nós. Em todo o caso, gostei das palavras realistas de Paulo Bento, admitindo que a Seleção não foi suficientemente competente para se Qualificar em primeiro, apesar de ter capacidade para isso.
Entretanto, os nossos amigos azeris lá conseguiram empatar com a Rússia - algo que aumenta a nossa frustração pois, se tivéssemos ganho a Israel na semana passada, já estaríamos Apurados, livres de todo este drama. Mas também é aquela, bem assinalada pelos comentadores da RTP: se tivéssemos conquistado aqueles três pontos, a Rússia teria, quase de certeza, abordado o jogo de forma diferente, com menos complacência. Teria ganho e as consequências práticas seriam as mesmas. Tal como disse na última entrada, a diferença seria, sobretudo, em termos anímicos.
A minha frustração acentua-se quando olho para o lote dos já Apurados, quando vejo seleções como os Estados Unidos (onde o futebol é ainda considerado secundário), o Irão de Carlos Queiroz (Grrr!!!), a Bósnia. A Bósnia-Herzegovina que nós derrotámos nos dois últimos playoffs mas que, agora, Qualificou-se diretamente.
Ao mesmo tempo, a Dinamarca ficou já excluída do Mundial por ter sido a pior segunda classificada do conjunto europeu. Eles que nos venceram nas duas Qualificações anteriores a esta, que nos dificultaram a vida à grande e à dinamarquesa no grupo do Euro 2012. Ironias do futebol.
Em todo o caso, frustrações à parte, parabéns à Bósnia pela sua primeira Qualificação para um Mundial.
Quanto a nós, teremos de esperar pela uma da tarde da próxima segunda-feira para saber com quem disputaremos o acess ao Mundial do Brasil. Perante a possibilidade de termos de disputá-lo com a Suécia ou, sobretudo, com a França, tenho-me rido para não chorar. Pouco ajuda saber que eles também não desejam encontrar-se connosco - daria, aliás, mais jeito se estivessem confiantes, demasiado confiantes. Se fosse outra equipa "das grandes" (Inglaterra, Holanda, Itália..), poderia invocar como vantagem a nossa capacidade dde superação perante seleções deste género Mas o nosso historial com a França (só derrotas desde 1975) não tranquiliza.
Por outro lado, há sempre aquele desejo de desforra pelas três meias-finais em que o franceses foram o nosso carrasco. E poucas coisas dariam mais gozo do que fazê-lo barrando-lhes o acesso ao Mundial. Além disso, tal como a minha irmã assinalou no outro dia, se nem eles nem os suecos se apuraram diretamente, será porque não estão assim tão bem quanto isso. Pela mesma lógica, também não podemos subestimar a Islândia e a Roménia - ainda que não tenham o mesmo prestígio, se ficaram em segundo lugar nos seus grupos, se foram considerados melhores que a Dinamarca, por algum motivo será.
Por outro lado, se nos calhasse a França, com todas as dificuldades associadas, era bem feita para eles. Para ver se aprendiam a deixarem-se de desleixos na Qualificação.
A minha frustração acentua-se quando olho para o lote dos já Apurados, quando vejo seleções como os Estados Unidos (onde o futebol é ainda considerado secundário), o Irão de Carlos Queiroz (Grrr!!!), a Bósnia. A Bósnia-Herzegovina que nós derrotámos nos dois últimos playoffs mas que, agora, Qualificou-se diretamente.
Ao mesmo tempo, a Dinamarca ficou já excluída do Mundial por ter sido a pior segunda classificada do conjunto europeu. Eles que nos venceram nas duas Qualificações anteriores a esta, que nos dificultaram a vida à grande e à dinamarquesa no grupo do Euro 2012. Ironias do futebol.
Em todo o caso, frustrações à parte, parabéns à Bósnia pela sua primeira Qualificação para um Mundial.
Quanto a nós, teremos de esperar pela uma da tarde da próxima segunda-feira para saber com quem disputaremos o acess ao Mundial do Brasil. Perante a possibilidade de termos de disputá-lo com a Suécia ou, sobretudo, com a França, tenho-me rido para não chorar. Pouco ajuda saber que eles também não desejam encontrar-se connosco - daria, aliás, mais jeito se estivessem confiantes, demasiado confiantes. Se fosse outra equipa "das grandes" (Inglaterra, Holanda, Itália..), poderia invocar como vantagem a nossa capacidade dde superação perante seleções deste género Mas o nosso historial com a França (só derrotas desde 1975) não tranquiliza.
Por outro lado, há sempre aquele desejo de desforra pelas três meias-finais em que o franceses foram o nosso carrasco. E poucas coisas dariam mais gozo do que fazê-lo barrando-lhes o acesso ao Mundial. Além disso, tal como a minha irmã assinalou no outro dia, se nem eles nem os suecos se apuraram diretamente, será porque não estão assim tão bem quanto isso. Pela mesma lógica, também não podemos subestimar a Islândia e a Roménia - ainda que não tenham o mesmo prestígio, se ficaram em segundo lugar nos seus grupos, se foram considerados melhores que a Dinamarca, por algum motivo será.
Por outro lado, se nos calhasse a França, com todas as dificuldades associadas, era bem feita para eles. Para ver se aprendiam a deixarem-se de desleixos na Qualificação.
O que eu quero mesmo é ir ao Mundial, seja de que modo for, vencendo quem quer que nos calhe. Não concebo a alternativa, não imagino um Mundial sem nós. Não quando há quinze anos que não falhamos um campeonato de seleções, não depois da campanha que fizemos no Euro 2012. Para o conseguirmos, não chega fazer o que fizemos durante o Apuramento. Qualquer que seja o adversário que nos sair na rifa, literalmente, para o vencermos será necessário fazer muito mais, tudo o que vem no refrão do Menos Ais. Sei o que vários de vocês dir-me-iam, que nesses momentos Portugal supera-se, eu mesma farto-me de dizê-lo - mas até quando poderemos fiar-nos nisso, até quando isso será suficiente?
Temos um mês para nos prepararmos para os playoffs, para corrigir as nossas falhas, espero. Se Deus quiser, nessa altura teremos bem menos baixas - apesar de tudo, das boas exibições de jogadores como Ricardo Costa e Antunes, acho que a ausência de titulares habituais continua a fazer mossa. Se não em termos táticos, pelo menos em termos psicológicos. Qualquer que seja o nosso adversário, mesmo com todas as desilusões recentes, com todas as dúvidas, farei por manter a fé na Seleção. Fé essa que, tal como farto de dizer, acaba sempre por ser recompensada, mais cedo ou mais tarde. Paulo Bento prometeu que Portugal tudo fará para descobrir o caminho futebolístico para o Brasil e eu acredito nele. Calhe quem calhar, eles que venham. Nós estaremos prontos.
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