sábado, 31 de maio de 2008

Portugal 2 Geórgia 0

Esta tarde, Portugal defrontou a Geórgia em jogo de carácter particular. Vencemos por 2-0, golos de João Moutinho, aos 19 minutos, e de Simão Sabrosa, por conversão de grande penalidade, aos 44 minutos.

Antes de mais nada, importa referir que este foi o primeiro triunfo da Selecção Portuguesa este ano. É claro que tínhamos a obrigação de vencer, sendo a Geórgia uma adversária teoricamente mais fraca. E também o foi na prática, claro. Mas já se sabe como é a Selecção, tem a mania de não dar o seu melhor frente a selecções teoricamente mais fracas.

Toda a gente concorda, a primeira parte foi melhor do que a segunda. Na primeira, jogámos mais ou menos bem - não fomos brilhantes - e marcámos os golos. Na segunda, depois das várias substituições, basicamente o pessoal queria "pegar a bola e levá-la para casa", como disse Scolari, a Geórgia atacou mais, tendo havido uma ou duas ocasiões em que a Geórgia podia ter diminuido a desvantagem em relação a nós.

Gostei do golo do Moutinho, o primeiro que o jovem jogador marcou ao serviço da Selecção Nacional. Eu não gritei "GOLO!" mal ele marcou, esperei uns segundos para ter a certeza de que era mesmo golo. Muitas vezes, parece que é golo mas, afinal de contas, a bola passa de lado encostada às redes, criando uma ilusão de óptica. Aconteceu pelo menos uma situação destas durante o jogo. Outra situação de "falso golo" foi aquele pontapé livre do Cristiano que bateu na trave, veio a baixo muito perto da linha de baliza, o Ricardo Carvalho ainda tentou ir à recarga mas a bola foi outra vez à trave. Também nessa altura fiquei assim:

- Ai, ai. Entrou? Não entrou? Foi golo? Não foi golo?

O que vale é que hoje até estava bastante calminha, porque se tratava de um jogo particular com um adversário "acessível". Quando for contra a Turquia, de certeza que vou estar com os nervos em franja e se situações destas ocorrerem, de certeza que vou celebrar o "falso golo".

Um ruído de fundo constante eram os gritos do seleccionador georgiano. O pobre do homem fartava-se de gritar com os jogadores, mais do que um adepto armado em treinador-de-bancada. Segundo os comentadores, parece que isso é típico dele, que também gritou assim durante do treino da Geórgia. Gabo a paciência dos jogadores georgianos. De resto, ouviam-se bem os gritos dos jogadores dentro de campo, o que me agradou. Aproxima-nos mais dos marmanjos. Gosto de saber como é que eles se tratam uns aos outros, de saber mais ou menos o que estão a pensar e a sentir.

Enfim, não foi um mau jogo mas também não foi nada de especial. Só espero é que tenha ajudado o Mister a tirar conclusões sobre a melhor equipa para apresentar no Euro 2008.

Amanhã, os marmanjos deixam Viseu e voam para Suíça, para Neuchâtel. Espera-os lá uma comunidade de emigrantes para lhes dar as boas-vindas, tal como há dois anos, em Marienfeld, Alemanha, uma comunidade de emigrantes esperava a Selecção. Os bilhetes para o primeiro treino já estão esgotados. Já se sabe, o pessoal de Neuchâtel vai apaparicar a Selecção tanto quanto puder, para onde quer que ela vá. Temos sorte de estes dois últimos campeonatos internacionais de selecções serem em países com muitos emigrantes portugueses. Assim, os marmanjos sentem-se em casa. O pior vai ser durante o Mundial 2010 na África do Sul. Isto se Portugal se qualificar, claro... (porque não?).
É como se dizia no Mundial 2006, no que toca ao apoio à nossa Selecção, somos campeões indiscutíveis.

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